Estamos no final do Verão, o que para alguns significa o regresso de férias, enquanto que outros, já nem a isso têm direito.
Mas a política não pára e muitos acontecimentos marcaram este Verão, tendo como pano de fundo, as medidas da política neoliberal do Governo de Sócrates. Estas medidas agravam cada vez mais a situação de quem trabalha, retirando direitos, aumentando a precariedade, levando cada vez mais trabalhadores para o desemprego.
Promove-se a privatização de sectores vitais, como a energia, as águas, a saúde, as estradas e auto-estradas. Defende-se a flexisegurança, que mais não é do que o fomentar da precariedade no trabalho, a maior facilidade nos despedimentos e a perda de direitos já adquiridos. Atacam-se os trabalhadores da Função Pública, como sendo os causadores de todos os males, que justificam a crise em que o país está mergulhado, à espera da tal "retoma" que nunca mais chega.
E por cá, no Concelho da Moita, continuamos à deriva.
Vivemos um processo de Revisão do PDM, cuja aprovação ainda não se vê ao fundo do túnel. O executivo da CDU deve uma explicação à população do Concelho da Moita sobre todo este arrastamento, sobre as peripécias e episódios, que continuam por justificar, porque está em causa a transparência de todo um processo, está em causa o desenvolvimento do Concelho.
A população continua à espera do resultado da investigação da Polícia Judiciária sobre os materiais que foram levados da sede do Município. A população continua à espera da inspecção que foi solicitada ao IGAT sobre o processo de Revisão do PDM. Porquê todo este silêncio?
As rotundas e os Hipermercados "nascem" como cogumelos, e que atitude foi tomada face ao comércio local, que se debate cada vez com maiores dificuldades, tendo o encerramento como destino mais próximo?
Os esgotos continuam a correr a céu aberto para o Tejo. No cais da Moita o lodo vai apodrecendo, à espera do tão falado "espelho de água", enquanto o sistema de portas de água na zona ribeirinha continua adiado.
Em Alhos Vedros, depois do encerramento do hospital, chegou agora a vez do único posto de atendimento existente na Freguesia. Quem tiver um caso urgente, durante a semana, vai ter de se dirigir à Moita ou ao Barreiro. Esperemos que ainda chegue a tempo.
Na área da Educação, para quando a aprovação da Carta Educativa do Concelho que se arrasta há meses?
Para quando a implementação do Orçamento Participativo, envolvendo as diversas entidades que constituem a nossa comunidade, levando a uma maior participação e exercício de cidadania, por parte da população?
A Moita é um Concelho adiado, apesar da gestão CDU continuar a fazer crer que tudo está bem, que não há reparos a fazer e quem ousar levantar uma voz discordante é um alvo a abater.
É chegado o momento de se promover um debate sério, sobre o presente e o futuro do Concelho da Moita. É tempo de se ouvirem as diversas opiniões sobre as questões fundamentais, que levem o Concelho da Moita para um novo rumo.
Este acto de cidadania não pode ser adiado por mais tempo.
Joaquim Raminhos
(Vereador do BE na C. C. Moita)
quinta-feira, setembro 06, 2007
Um País e um Concelho, à espera de um novo rumo!
Publicada por BE - Concelhia da Moita à(s) 6.9.07
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1 comentário:
E mai'nada.
E viva a UDP.
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